Edição 10 - Julho/2021 | Entrevista

A ponte que aproxima a ciência e a literatura

Foto: Fábio Cardoso.

A gênese das teses científicas e dos textos literários é comum. As sementes que fazem brotar as narrativas em ambas as situações são indagações, questionamentos, curiosidades, dúvidas. Tal premissa provoca espanto, principalmente para quem está habituado ao pensamento estanque e categorizado. Ciência e Humanidades não deveriam estar em lados opostos?


A oficina “A literatura como ciência e a ciência como literatura”, realizada em maio, na Biblioteca de São Paulo, teve como objetivo desconstruir essa barreira e aproximar as duas áreas do conhecimento. Tiago Germano, mestre e doutor em escrita criativa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, conduziu a atividade tecendo relações entre a construção da pesquisa científica e da escrita criativa, além de apresentar evidentes semelhanças entre elas. Para enriquecer o debate, foram analisados textos distintos como o discurso da física e química polonesa Marie Curie ao receber o Prêmio Nobel; “Galileu” (em roteiro para teatro); “Confissões de um jovem romancista”, de Umberto Eco; e a série “Botão vermelho”, projeto do Suplemento Pernambuco e do Instituto Serrapilheira.

Durante os encontros, os participantes analisaram as narrativas e fizeram exercícios apresentando produções escritas, relacionadas aos temas abordados. Esses trabalhos estão disponíveis aqui no site do projeto Literatura Brasileira no XXI. Clique aqui para conferir.

 

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