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Unifesp no Segundas Intenções: entre a poesia, música, filosofia e literatura, com os autores Érico Nogueira e Pedro Marques

Arquivo pessoal

Dando continuidade à série de encontros no programa Segundas Intenções que se realizam no âmbito do projeto Literatura Brasileira no XXI - fruto de uma parceria entre a SP Leituras, organização social que gere a Biblioteca de São Paulo (BSP), e Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP -, os poetas e escritores Érico Nogueira e Pedro Marques, professores instituição de ensino, conversaram com o jornalista, crítico literário e mediador do encontro, Manuel da Costa Pinto, percorrendo as trilhas que se cruzam entre a poesia, música literatura e filosofia. A filosofia atravessa a literatura Érico; já o forte da inspiração de Pedro vem da música. 

Antes e depois

O bate-papo agradável e descontraído com autores e escritores do Segunda Intenções começou com a pergunta clássica que habitualmente marca o início dos encontros com os convidados do programa, e que não escapa a Manuel da Costa Pinto: "Quais são as suas experiências antes de se tornarem escritores?". Este foi apenas o ponto de partida para que Marques e Nogueira pudessem falar sobre suas trajetórias como autores, cujas produções literárias extrapolam o fato de serem pesquisadores e professores de Literatura na Unifesp. Este é um ponto de chegada que se recusa a acabar. Pontos em comum? Sobretudo traços satíricos que marcam suas obras, entremeadas de muito humor e ironia. 

O extenso currículo de Érico Nogueira, poeta, tradutor e professor de latim na Universidade Federal de São Paulo, nada mais é que a concretização de uma vocação: “Desde criança já achava que ia ser escritor mesmo”, confessa o escritor. E veja só, ele é vencedor do Prêmio Minas Gerais de Literatura com “O Livro de Scardanelli” (É Realizações, 2008). Foi editor da revista Poesia Sempre, da Biblioteca Nacional (2020-21), e professor visitante no All Souls College, da Universidade de Oxford (2022-23). Suas publicações incluem O Esmeril de Horácio: Ritmo e Técnica do Verso em Português (É Realizações, 2020), Aqui, Ali, Além (Filocalia, 2021), Odi Barbare de Geoffrey Hill (Filocalia, 2022), entre outras. 

Pedro Marques é também poeta, compositor e estudioso de poesia literária e vocal. Professor de Literatura Brasileira da UNIFESP e coordenador do projeto Literatura Brasileira no XXI. Possui composições gravadas por Juliana Amaral, Rodrigo Duarte, Zezé Freitas, Gustavo Bonin/Grupo PIAP, Sá Pedro e Martina Marana. Alguns livros de Pedro: Manuel Bandeira e a Música (ensaio, 2008), Clusters (poesia, 2010), Olegário Mariano (crítica e organização, 2012), Cena Absurdo (poesia e música, 2016), Saques & Sacanagens (ensaio poético, 2021) e Assbook (poesia, 2022).

Marques tem Manuel Bandeira como seu poeta preferido, e não por acaso, tema de um dos seus livros: Manuel Bandeira e a música. É autor também de Cluster, Cena absurdo, Saques & Sacanagens, Assbook, entre outros. “A minha poesia sempre teve ligação com a música e o humor, ou seja, tem a pretensão de fazer rir. Só que a sátira é uma coisa meio reacionária porque você bate só no outro que se desvia do comportamento padrão, por isso me critico também nos poemas. Não podemos viver encastelados, o poeta tem que ser castigado também.”

A entrevista completa com Érico Nogueira e Pedro Marques está disponível na página do Facebook da BSP.